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Cientistas desenvolvem anticorpo artificial para combater leucemia

28/05/2015

Um anticorpo artificial demonstrou sua eficácia em ratos para eliminar células cancerosas, o pode representar um avanço na imunoterapia para tratar a leucemia mieloide aguda, segundo estudo publicado nesta quarta-feira (27) pela revista científica "Science Translational". O anticorpo MGD006 remaneja as células T para combater este tipo de leucemia, que é muito difícil de tratar e carece de um tratamento efetivo.

 

As células T são um tipo de célula imunológica cuja função é reconhecer substâncias estranhas na superfície de outras células e matá-las, para o que produzem substâncias solúveis que têm efeitos sobre tumores e células infectadas com vírus.

 

A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer produzido nas células da linha mielóide (originária da medula) dos leucócitos. Ele se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais que se acumulam na medula óssea e interferem na produção de glóbulos vermelhos normais.

 

Trata-se do tipo de leucemia aguda mais comum em adultos e sua incidência aumenta com a idade, embora seja uma doença relativamente rara em nível global. As imunoterapias testadas até agora se centraram no antígeno CD123, com presença excessiva nesta leucemia e outros tipos de câncer.

 

O anticorpo MGD006, desenvolvido pelo pesquisador Gurunadh Chichili e sua equipe, funde fragmentos de dois anticorpos diferentes: um para o antígeno CD123 da leucemia e outro para o antígeno CD3 das células T. Em uma semana de tratamento contínuo, o anticorpo eliminou as células com leucemia em ratos e, aplicado durante quatro semanas em macacos, os animais não experimentaram efeitos colaterais graves.


Infográfico câncer (Foto: G1)