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Aula une balé e circo para fortalecer corpo de quem não gosta de academia

16/01/2018

Quando fui a uma aula teste do chamado ballet fly e vi tecidos pendurados no teto, pensei que não subiria em nenhum naquele dia. Mas não só fiz exercícios de balé clássico com o pano, no lugar da barra, como também cheguei no nível das piruetas.

 

"Você vai dobrar o tecido quatro vezes e sentar", instruiu a professora e criadora da modalidade ballet fly Letícia Marchetto. "Segurar na altura da cintura, esticar as pernas abertas e virar." A sensação é mágica, como descreveu a estatística Relze Fernandes, 41, praticante há cinco meses. "Ver o mundo de outra perspectiva faz muito bem", diz.

 

A aula é uma mistura de balé e circo. Marchetto criou o método há três anos quando dava aulas de barra, já uma versão fitness do balé. "Minhas alunas não estavam muito felizes com o trabalho de fortalecimento dos braços, então comecei a procurar alternativas", conta.

 

Na época, ela fazia aulas de circo como hobby e achou que poderia misturar com a dança para criar uma nova modalidade. Passou então a estudar mais os movimentos do circo para poder aplicar nas aulas de balé. "Os passos da dança ajudam a preparar o corpo para subir no tecido, e essa subida faz com que a pessoa retorne para a dança e faça melhor os movimento do balé." O resultado é uma aula com equipamentos diferentes e mais dinâmica.

Letícia Marchetto, que é bailarina e criou a modalidade ballet fly, com passos da dança e exercícios com tecidos
Letícia Marchetto, que é bailarina e criou a modalidade ballet fly, com passos da dança e exercícios com tecidos
Letícia Marchetto, que é bailarina e criou a modalidade ballet fly, com passos da dança e exercícios com tecidos

A mistura entre as duas práticas ganhou um nome e fez sucesso em seu próprio estúdio, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o Let's Pilates, onde Marchetto também dá aulas de pilates. Com a grande procura, ela passou a formar turmas de professores e dois outros estúdios, um no bairro do Paraíso e outro na cidade de Barretos, já oferecem a aula.

 

Aprender a ensinar a técnica é de maior interesse de bailarinas, fisioterapeutas, educadores físicos, professores de pilates e professores de circo, como é o caso de Aline Essu, 34, que dá aulas no Espaço Vivarte, em São Paulo. "No ballet fly os movimentos são trabalhados de acordo com a função dos músculos e articulações, visando melhoria da consciência corporal e qualidade de vida", afirma. O pacote mensal de aulas custa, em média, R$ 350. A maioria das turmas é formada por mulheres na faixa dos 20 a 40 anos. Quem procura as aulas normalmente está em busca de bem-estar, diz Marchetto.

 

"São pessoas que estão à procura de alguma atividade com os benefícios das aulas fitness com a parte divertida e lúdica", diz. "Em geral, gente que já tentou ir para a academia e não se identificou." As aulas só não são indicadas para gestantes, pessoas com labirintite ou com osteoporose e para quem tem dores agudas ou que já sofreram muitas lesões. Quem tem hipertensão mas não se medica também deve procurar outro tipo de atividade.

 

Novas aulas que oferecem queima de calorias e fortalecimento fora dos pesos da academia vão além e incluem o twerk (estilo de dança que mexe principalmente com os quadris) e a versão fitness do pole dance. "Para realizar um movimento no pole dancing é preciso de força dos membros superiores, inferiores e do abdome, de flexibilidade, de coragem, de coordenação motora, e é possível trabalhar tudo isso de uma vez sem perceber, sem fazer várias repetições", diz Tânia Freitas, 25, professora de pole dance e circo na Vertical Fit e diretora do Keep Up Studio.

 

"Se você coloca uma música que dura seis minutos, a pessoa vai dançar por seis minutos sem parar, por mais que ela esteja muito cansada, porque a música diverte, distrai e motiva. Os músculos vêm de brinde", diz ela. A biomédica Mariana Fugimoto, 26, faz pole dance fitness, aula de flexibilidade, pole dance contemporâneo e modalidade circense. "No começo, fiquei impressionada com o que os professores e os alunos faziam com o corpo e vi que a evolução era rápida, mesmo para quem era sedentário. Observar a força e a flexibilidade sendo utilizadas com graça e delicadeza me encantou", diz.

 

Para ela, o pole dance traz conhecimento corporal, coordenação motora e definição muscular. "Mas o que a aula mais oferece é uma sensação de empoderamento incrível. Você conhece seu corpo, aprende a aceitá-lo do jeito que é, ao se olhar no espelho e executar os movimentos, e percebe as mudanças que ocorrem ao longo dos treinos, como o ganho de força."



Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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