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Vantagem do nãotecido para hospitais

26/06/2019

Por Michele Louise*

 

Os nãotecidos evoluem de forma contínua no segmento médico hospitalar. Em 1860, nos Estados Unidos, produziu-se a primeira roupa de papel e, em 1930, no mesmo país, ocorreu a primeira experiência para fabricação do nãotecido de celulose consolidado com látex. Desta data em diante o setor só fez inovar e hoje o mercado conta com diferentes tipos de produtos, que oferecem resultados superiores aos concorrentes (tecidos).

 

No Brasil, cerca de 20% do mercado médico-hospitalar adotou kits de produtos cirúrgicos de nãotecidos em substituição aos reutilizáveis. Preço baixo, facilidade operacional e maior eficiência como barreira para micro-organismos são algumas das razões para a troca. Há que se ressaltar que eles também atendem as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

 

Por que, então, o uso de nãotecidos (toucas, máscaras, jalecos, camisetas, calças, aventais, campos cirúrgicos, compressas, etc) ainda não é adotado pela maioria? A expectativa é que esse percentual cresça, conforme dúvidas a respeito desses produtos sejam sanadas.

 

Uma das dúvidas é sobre o custo. Por serem de uso único deixa a impressão de gastos excessivos com compras para reposição. Ocorre que os preços são inferiores em comparação com os similares reutilizáveis. Kit de uso único não precisa ser lavado o que gera economia de água, produtos de limpeza e ganhos ambientais incontestáveis. Sabão e desinfetantes usados na lavagem são despejados no esgoto e chegam a rios e oceanos. Já o descarte de nãotecidos é feito de forma responsável, assim como deve ocorrer com todo lixo hospitalar.

 

Por serem de uso único, os kits de nãotecidos contribuem para minimizar contaminações e casos de infecção hospitalar. Testes apontam que eles apresentam melhor desempenho em funções como barreira física a fluidos. Segundo avaliação do Comitê Técnico Médico Hospitalar (CTH) da ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos), os kits cirúrgicos tradicionais perdem a barreira após serem usados seis vezes.

 

Esses fatores aumentam a eficácia dos tratamentos médicos e reduzem custos na medida em que as internações passam a ocorrer em períodos menores. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que dos mais de 234 milhões de pacientes operados por ano no mundo, um milhão morrem em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório. Imagine o impacto positivo que os nãotecidos podem proporcionar a hospitais e à sociedade em geral.

 

Michele Louise é coordenadora do Comitê Técnico Hospitalar (CTH) da Abint (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos) gerente comercial da Lifetex.



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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