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Covid-19: Brasil inicia testes com hidroxicloroquina em doentes graves

25/03/2020

Começou ontem (24), o primeiro grande estudo brasileiro com pacientes afetados pela Covid-19 em estado grave para avaliar os resultados de protocolos de tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina. O desenho da pesquisa foi enviado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) na manhã do último domingo e foi aprovado no mesmo dia, com uma agilidade jamais vista.

 

As pesquisas serão conduzidas por uma coalizão de instituições formada por Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hospital Sírio-Libanês (HSL), Hospital do Coração (HCor) e BRICnet, uma rede brasileira independente e colaborativa para a realização de estudos clínicos na área de medicina intensiva. O Ministério da Saúde será responsável pela logística de distribuição. A hidroxicloroquina usada na pesquisa será fornecida pelo laboratório EMS, que está comprando o sal para fabricação do remédio da Índia.

 

Os pesquisadores aguardam para os próximos dias a aprovação de um segundo estudo apenas com pacientes internados com sintomas moderados e que não necessitam de cuidados intensivos. A coalizão de pesquisa fará ainda um terceiro protocolo com o uso de corticoides em pacientes muito graves em ventilação mecânica.

 

“Unimos nossos projetos e forças para fazer um estudo sério e robusto”, disse ao Medscape o Dr. Otavio Berwanger, diretor-executivo de pesquisa acadêmica do Hospital Albert Einstein, e coordenador da equipe de pesquisadores que trabalhou três semanas no desenho do conjunto de estudos.

 

A iniciativa tem o mérito de unir instituições renomadas que se dedicam ao atendimento, ensino e pesquisa em um grande esforço para trabalhar em um modelo inovador de estudo.

 

“Faremos um estudo adaptativo, desenhado para ser conclusivo a partir de um certo número de pacientes. Podemos tanto recrutar milhares de pacientes quanto remanejá-los de um braço para outro conforme as evidências obtidas”, explicou o Dr. Luiz Vicente Rizzo, superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. “É o primeiro estudo desse tipo no Brasil.”

 

Ao todo, os dois ensaios clínicos foram inicialmente planejados para abranger 1.000 pacientes acima de 18 anos. Ainda sem acrônimo definido – isso estava sendo decidido entre os pesquisadores e o Ministério da Saúde na noite de segunda-feira (23) – o primeiro estudo envolverá 400 pacientes em estado grave distribuídos em dois grupos. Um deles receberá hidroxicloroquina associada à azitromicina.

 

“Existem pequenos trabalhos, nada robustos, mostrando que dados em associação, esses medicamentos podem potencializar um a ação do outro. Mas isso ainda é algo experimental. Esperamos obter essa resposta”, explicou o Dr. Otávio.



Fonte: Medscape | Portal da Enfermagem
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