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Maioria das adolescentes não usa preservativos, dizem ginecologistas

16/10/2019

Em março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a Sogesp realizou um levanta­mento com os ginecologistas e obstetras em atividade, em terras paulistas, sobre o aten­dimento a adolescentes de 13 a 19 anos. Responderam ao questionário estruturado enviado on-line, 849 especia­listas em tocoginecologia. 

 

Chama atenção o fato de que 94,94% dos ginecologistas e obstetras que participaram da pesquisa atendem ado­lescentes. Para 78,3% dos especialistas, mais da meta­de das pacientes desta faixa etária é sexualmente ativa.

 

A percepção de 42,3% dos médicos é a de que apenas uma pequena parte das ado­lescentes recebeu orientações sobre infecções sexualmen­te transmissíveis (ISTs), en­quanto 36,18% responderam “menos da metade”. Sobre esclarecimentos a respeito de métodos anticoncepcio­nais, os índices de percepção são 32,52% (uma pequena parte) e 39,84% (menos da metade), respectivamente.

 

Um dado igualmente alar­mante: 32,38% dos ginecologistas responderam que menos da metade das adolescen­tes atendidas por eles utili­za preservativo na primei­ra relação sexual. Outros 45,26% afirmaram que apenas uma pequena parte faz uso na primeira relação.

 

Quando indagados se a ado­lescente utiliza preservati­vo rotineiramente, 45,93% disseram que menos da metade e 39,97% têm a per­cepção de que isso ocorre somente com uma peque­na parcela. Em outra ques­tão, 55,56% revelaram a percepção de que a maioria das adolescentes não saber que o preservativo ajuda a evitar a transmissão de ISTs.

 

“É preocupante constatar que a maioria das jovens co­nhece sobre IST, segundo a opinião dos ginecologistas, e que também têm ciência de que o preservativo é uma forma de evitar a contami­nação. No entanto, poucas utilizam o preservativo con­sistentemente”, diz Lu­ciano Pompei, secretário-ge­ral da Sogesp.


ANTICONCEPÇÃO 


Já 64% dos especialistas têm a percepção de que a maio­ria das adolescentes conhe­ce a pílula do dia seguinte. “Este dado é essencial para alertar os ginecologistas e obstetras sobre a vulnera­bilidade da população de adolescentes, visto que na maioria das vezes a orienta­ção sobre IST e anticoncep­ção ocorre após o início da vida sexual”, afirma Silva­na Maria Quintana, segun­da-secretária da Sogesp. 

 

A partir destas informações a Sogesp pretende or­ganizar campanha para le­var informações adequadas com conteúdo de fácil en­tendimento às adolescentes, preferencialmente antes do início da vida sexual ativa. 

 

“É papel do ginecologista e obstetra entender o compor­tamento de suas pacientes em todas as fases da vida e desenhar políticas para fazer frente aos problemas e para melhor atendê-las”, diz Rossana Pulcineli Viei­ra Francisco, presidente da Sogesp. “É isso o que bus­camos fazer, ao promover um levantamento como esse. É, ao mesmo tempo, uma forma de alertar as autoridades do setor de que precisamos de políticas específicas de edu­cação e conscientização para as adolescentes, pois, além do aumento recente de índices de sífilis e HIV, o Brasil apre­senta números assustadores de gravidez na adolescência”. 



A PESQUISA


  • Realizada de 16 de fevereiro a 5 de março de 2018 
  • 849 ginecologistas e obstetras responderam à pesquisa, sendo a maioria do interior do Estado de São Paulo (51%) 
  • A maioria das respostas foi de ginecologistas do sexo feminino (66%)
  • 42,3% dos médicos afirmam que uma pequena parte das adolescentes recebeu orientações sobre ISTs 
  • 32,38% responderam que menos da metade das adolescentes utiliza preservativo na primeira relação sexual
  • 78,3% dos especialistas afirmaram que mais da metade das pacientes adolescentes é sexualmente ativa responderam que menos da metade das adolescentes utiliza preservativo na primeira relação sexual


Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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