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Hábito de fumar provoca danos à voz

04/07/2019

A voz é um instrumento valioso para comunicação, responsável por dar o tom das conversas e demonstrar emoções, além de eternizar ícones na música e na TV, como o cantor Freddy Mercury e o comentarista de futebol Galvão Bueno. É preciso estar atento a alterações na voz que podem ser sinais de doenças. As pessoas que fumam, por exemplo, são indivíduos potenciais para ter problemas na fala, pois o tabaco pode causar inflamação crônica nas pregas vocais, ou seja, pode provocar acúmulo de muco, o que engrossa a voz e a deixa mais rouca, principalmente nas mulheres.

 

Além de problemas com a voz, o fumo pode causar outras doenças sérias. Segundo o INCA, o consumo de derivados do tabaco, como cigarro, charuto e narguilé, causa quase cinquenta doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que indica, geralmente, a combinação de doenças que reduzem o fluxo de ar nos pulmões, provocando sintomas como falta de ar, tosse seca e pouca disposição para fazer as atividades do cotidiano. Costuma ser chamada de bronquite crônica e enfisema.

 

"Quando perguntamos ao paciente se tem falta de ar, muitas vezes, ele responde que não, mas se perguntamos se ele fica cansado ao subir um ou mais lances de escadas, é comum responderem que sim. Muitos deles apresentam sintomas, como falta de ar, tosse frequente e aumento na produção de muco, mas não procuram tratamento, pois acreditam que esses são sinais comuns do envelhecimento e do tabagismo. Esse cenário ocasiona a demora para o paciente se consultar com um médico especialista e geralmente, o diagnóstico só é realizado quando a doença já se encontra em estágio avançado", diz o Dr. Marcelo Rabahi, médico especialista em pneumologia e professor titular da Universidade Federal de Goiás.

 

A DPOC é uma doença que atinge 7 milhões de pessoas no Brasil e é a quinta causa de morte no mundo. Além da dificuldade de respirar, outros sintomas são a falta de energia e cansaço progressivo e constante, o que impossibilita uma série de atividades de rotina. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento adequado da DPOC, doença responsável por 40 mil mortes anuais no Brasil. Na última década, a média de gastos com internações por DPOC no país chegou a R$100mi, o dobro investido nos anos 90 – o que indica a crescente incidência da doença e preocupação com essa questão de saúde pública.

 

"A DPOC é uma doença grave que, quando não recebe o tratamento adequado, pode trazer diversas complicações pulmonares e até mesmo cardiovasculares. Dessa forma, além de riscos de crises respiratórias, como pneumonia e exacerbações, os pacientes estão sujeitos à problemas cardíacos como infartos, arritmias e hipertensão", complementa o especialista.

 

Apesar de ser uma doença grave e sem cura, existem medicamentos que são capazes de estabilizar o progresso da doença e controlar os sintomas, aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Além de tratamento medicamentoso com broncodilatadores inalatórios, que contribuem para a suavização dos sintomas e das crises de exacerbação, procedimentos não farmacológicos também são importantes para garantir uma melhor qualidade de vida, como a prática de atividade física regular com o acompanhamento médico, vacinação e, quando necessário, o uso de suplementação de oxigênio.

 

Sobre a DPOC

 

A OMS projeta que, em 2030, a DPOC será a terceira causa de morte no mundo e atinge 65 milhões de pessoas no mundo. Causada principalmente pelo tabagismo, a DPOC leva à dificuldade de respirar e ao cansaço progressivo e constante, impossibilitando uma série de atividades de rotina. Todos os anos, esta doença leva a óbito cerca de 40 mil brasileiros, o equivalente a quatro pacientes por hora, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

Segundo o Gold – Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – um programa mundial que atua com objetivo de sistematizar, padronizar e orientar o diagnóstico e tratamento da DPOC, existem cinco perguntas básicas que ajudam o profissional de saúde a identificar pacientes que podem ter a doença:

 

Possui mais de 40 anos;

Fumante ou ex-fumante;

Tosse frequente;

Expectoração ou "catarro" constante;

Cansaço ou dificuldade para respirar, como subir escadas ou caminhar.



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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