Define-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. As dimensões e outras especificações do veículo devem obedecer às normas da ABNT – NBR 14561/2000. Já as diretrizes para a padronização das unidades móveis estão contempladas na Portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde.
Serviços públicos e privados de atendimento móvel podem diferenciar-se conforme a população atendida, o contrato com a operadora de saúde e as parcerias que irão agregar. Também diferem itens de medicamentos e de materiais de ponta, como, por exemplo, itens que reduzirão o delta T, isto é, tempo entre o chamado do solicitante até a equipe iniciar o atendimento.
“É muito importante não só adicionar em uma ambulância os itens previstos na Lei descrita, como também realizar treinamentos técnicos da tripulação e fomentar o espírito de equipe que irá gerar um impacto positivo no paciente”, esclarece a Adriana Mandelli, enfermeira Mestre em Emergência, Gerente de Enfermagem da BEM Emergências Médicas, que descreve abaixo as modalidades de ambulâncias e o que deve estar contemplado em um serviço móvel de suporte básico. .
Baseados na Lei, unidades de atendimento móvel podem ser:
- Ambulância tipo A: destinada ao transporte de pacientes sem risco de vida, remoções simples e caráter eletivo.
Tripulação mínima: 01 motorista e 01 Técnico/Auxiliar de Enfermagem;
- Ambulância Tipo B: destinada ao suporte básico, transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida, sem necessidade de intervenção médica local. Tripulação mínima: 01 motorista e 01 Técnico/Auxiliar de Enfermagem;
- Ambulância Tipo C: destinada ao Resgate, atendimento de vítimas de acidentes, com equipamentos de salvamento onde for necessário.
Tripulação mínima: 01 motorista e 02 militares com capacitação para salvamento e suporte básico de vida;
- Ambulância Tipo D: destinada ao suporte avançado, atendimento e transporte de pacientes de alto risco de vida (tipo UTI).
Tripulação mínima: 01 motorista, 01 Médico e 01 Enfermeiro;
- Aeronave de Transporte Médico: destinada ao transporte inter-hospitalar de pacientes e atendimento de resgate.
Tripulação mínima: piloto, Médico e Enfermeiro;
- Embarcação de Transporte Médico: destinado ao transporte marítimo ou fluvial.
Tripulação mínima: condutor, Técnico/Auxiliar (em suporte básico) ou Médico/Enfermeiro (em suporte avançado);
Para um perfeito atendimento, a Ambulância tipo B deve conter a seguinte estrutura:
ü sinalizador óptico e acústico;
ü equipamento de rádio-comunicação fixo e móvel;
ü maca articulada e com rodas;
ü suporte para soro;
ü instalação de rede de oxigênio com cilindro, válvula, manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída;
ü oxigênio com régua tripla (a- alimentação do respirador; b- fluxômetro e umidificador de oxigênio e c - aspirador tipo Venturi); manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação;
ü cilindro de oxigênio portátil com válvula;
ü prancha curta e longa para imobilização de coluna;
ü talas para imobilização de membros;
ü conjunto de colares cervicais;
ü colete imobilizador dorsal;
ü frascos de soro fisiológico e ringer lactato;
ü bandagens triangulares;
ü cobertores;
ü coletes refletivos para a tripulação;
ü lanterna de mão;
ü óculos,
ü máscaras
ü aventais de proteção
ü maletas com medicações a serem definidas em protocolos pelos serviços
ü material mínimo para salvamento terrestre, aquático e em alturas
ü maleta de ferramentas
ü extintor de pó químico seco de 0,8 Kg,
ü fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas
ü maleta de urgência contendo:
o estetoscópio adulto e infantil,
o ressuscitador manual adulto/infantil,
o cânulas orofaríngeas de tamanhos variados,
o luvas descartáveis,
o tesoura reta com ponta romba,
o esparadrapo,
o esfigmomanômetro adulto/infantil,
o ataduras de 15 cm,
o compressas cirúrgicas estéreis,
o pacotes de gaze estéril,
o protetores para queimados ou eviscerados,
o cateteres para oxigenação e aspiração de vários tamanhos;
ü maleta de parto contendo:
o luvas cirúrgicas,
o clamps umbilicais,
o estilete estéril para corte do cordão,
o saco plástico para placenta,
o cobertor,
o compressas cirúrgicas e gazes estéreis,
o braceletes de identificação.
Fonte: Portal - Enfermeira Adriana Mandelli
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