São Paulo, 24 de abril de 2024
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Estomaterapia | Sílvia Angélica Jorge

Diretora do Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas/UNICAMP, Conselheira Científica e vice-presidente da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. Enfermeira Estomaterapeuta TiSOBEST, Graduada e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas, é Mestre em Enfermagem Fundamental, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – SP, com Especialização em Estomaterapia na Faculdade de Ciências Médicas/ UNICAMP, Especialização em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo, Especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade São Camilo e Especialização em Desenvolvimento Gerencial pela Universidade Estadual de Campinas. - Email: [email protected]

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Estomaterapeuta: Sua responsabilidade pela Informaçâo

Dentre as competências profissionais do Enfermeiro Estomaterapeuta, é de extrema importância fornecer orientações e esclarecimentos às dúvidas que poderão surgir a respeito das estomias, em especial a colostomia.

Nos últimos meses, desde setembro, quando o nosso Presidente da República foi submetido à cirurgia para realização de uma colostomia decorrente de um ferimento por arma branca, ouvimos muitas informações e termos inadequados, através da imprensa, sobre o procedimento.

Fez uma cirurgia para colocar bolsa / bolsinha e agora realizou a cirurgia para retirar a bolsa de colostomia”.

As estomias intestinais são feitos em alças com mobilidade e comprimento adequados, que facilitem sua exteriorização através da parede abdominal. Os estomas intestinais podem ser temporários (transitórios) ou definitivos (permanentes).

Quanto ao modo de exteriorização na parede abdominal, pode-se fazê-los de duas maneiras: 1 – em alça (duas bocas), há exteriorização de toda a alça e abertura apenas de sua parede anterior, ficando duas bocas unidas pela parede posterior; 2- terminal (uma boca), nessa situação exterioriza-se a alça já seccionada com apenas uma boca.

A bolsa é o equipamento coletor que deve garantir discrição, conforto e segurança à pessoa com estomia. A bolsa não separa as partes do intestino. A bolsa pode ser retirada várias vezes ao dia para realizar a higiene.

Outro fator importante para a pessoa com estomia é a orientação nutricional para que evite possíveis complicações como diarreia, constipação, flatulência, odor desagradável e irritação da pele periestoma, dependendo da localização do estoma.

Portanto, cabe ao Enfermeiro Estomaterapeuta fazer as correções com o objetivo de esclarecer à população sobre o procedimento e que a pessoa com colostomia pode conviver da melhor maneira possível com os cuidados necessários para a sua reabilitação buscando a qualidade de vida, melhorando a autoestima diante do impacto da imagem corporal com a nova condição.


Referências Bibliográficas
José J. Ribeiro da Rocha. Estomias intestinais - (ileostomias e colostomias) e anastomoses intestinais. Medicina (Ribeirão Preto) 2011;44(1): 51-6.

Elaine Soares da Silva1; Denise Silveira de Castro2; Telma Ribeiro Garcia3; Walckiria Garcia Romero4; Candida Caniçali Primo5 Tecnologia do cuidado à pessoa com colostomia: diagnósticos e intervenções de enfermagem. http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1065.

Ana Lívia de Oliveira. Qualidade de Vida Relacionada à Saúde e Perfil Nutricional de Portadores de Derivação Intestinal: colostomia e ileostomia. 2017. (Tese Doutorado – Universidade Federal de Juiz de Fora).

Comentários

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Por: DAIANE EVELLIN POLETTO

  1. Comentado em:

    Boa tarde! Gostaria de mais informações a respeito da especialização em estomatoterapia. Obrigada Daiane Poletto