São Paulo, 18 de abril de 2024
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Estomaterapia | Sílvia Angélica Jorge

Diretora do Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas/UNICAMP, Conselheira Científica e vice-presidente da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. Enfermeira Estomaterapeuta TiSOBEST, Graduada e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas, é Mestre em Enfermagem Fundamental, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – SP, com Especialização em Estomaterapia na Faculdade de Ciências Médicas/ UNICAMP, Especialização em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo, Especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade São Camilo e Especialização em Desenvolvimento Gerencial pela Universidade Estadual de Campinas. - Email: [email protected]

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25 anos de Estomaterapia no Brasil: um pouco de história

No dia 26 de junho comemoramos o aniversário de Norma Gill, que em 1920 nasceu nos Estados Unidos da América.

A Estomaterapia teve suas origens nos Estados Unidos no final da década de 1950, quando o primeiro programa educacional de Terapia Enterostomal foi iniciado pelo Dr. Rupert Turnbull, um cirurgião colorretal na Cleveland Clinic nos EUA e Norma N. Gill, que foi uma paciente submetida a uma cirurgia de estoma, portanto, ambos sabiam da necessidade de cuidados de enfermagem especializados para os indivíduos que haviam sido submetidos a cirurgia de estomia.

Inicialmente, a educação foi direcionada para estes pacientes. Ele cresceu rapidamente para incluir candidatos de todo o mundo. Em 1961, foi estabelecido um programa formal de educação para reabilitação de estomia e o termo Estomaterapeuta (ET) alocado aos graduados.

A década de 1970 viu o significado da Estomaterapia como uma especialidade de enfermagem reconhecida internacionalmente e abraçada pela Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e África do Sul.

Norma N. Gill aspirava que os profissionais de saúde interessados em cuidados com o estoma se unissem a uma associação mundial. Em 1975, iniciou um movimento para organizar um grupo formal contatando outros pioneiros internacionais em cuidados com o estoma. Em 6 de outubro de 1976, onze representantes se encontraram pela primeira vez no Reino Unido. Norma Gill foi a precursora da Estomaterapia mundial.

O WCET (WORLD COUNCIL OF ENTEROSTOMAL THERAPISTS) foi formalmente fundado em 18 de maio de 1978, quando 30 Estomaterapeutas, representando 15 países, participaram do primeiro congresso de dois dias realizado em Milão, Itália. Este encontro foi realizado em conjunto com a International Ostomy Association (IOA).

Norma N. Gill, dos EUA, foi a primeira presidente da WCET. Este primeiro fórum de Estomaterapeutas representou um grupo de pessoas de todo o mundo, algumas das quais não eram enfermeiras. Eles compartilhavam uma paixão por seu campo de trabalho, dedicação às necessidades de pessoas submetidas à cirurgia de estoma e motivação para garantir a melhoria contínua em um campo relativamente novo de enfermagem.

Foram estabelecidas linhas de comunicação globais entre os estomaterapeutas local, nacional e internacional. Esse desejo de progresso constante continua até hoje.

No Brasil, a educação em estomaterapia tem crescido gradualmente desde sua implantação formal, em 1990, na Escola de Enfermagem da USP, envolvendo desde sua fundação as áreas de feridas, estomias e incontinências.
Atualmente existem 15 cursos de especializações, localizados em estados das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.

O enfermeiro interessado em realizar pós-graduação na área de enfermagem em estomaterapia deve selecionar cursos devidamente referendados pela SOBEST e credenciados junto ao WCET ou aqueles cujo projeto esteja em fase de análise.

Os programas teórico e prático dos cursos são estabelecidos pelo WCET (http://www.wcetn.org/etnep-rep-education) e devem ser submetidos a uma análise aos pares por coordenadores de cursos da SOBEST, a fim de serem realizados os ajustes necessários o credenciamento pelo WCET.

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