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Administração de medicamento - Cálculo de insulina

28/09/2010

A cada dia cresce o número de casos de diabetes em todo o mundo. Em 1985, estimava-se 30 milhões de diabéticos, número que já supera os 250 milhões atualmente e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2025, alcançará os 380 milhões, sendo que a maior incidência estará nos países em desenvolvimento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), embora as autoridades de saúde no país trabalhem com estimativas conservadoras para o número de diabéticos, estimando essa população em cerca de 10 milhões de pessoas, colocando o Brasil na oitava posição no ranking dos países com maior número de portadores da doença, se as medidas preventivas não forem tomadas com urgência, a quantidade de brasileiros com diabetes tende a dobrar no ano de 2030.

O tratamento do diabetes inclui medicação, alteração alimentar e prática regular de atividade física, mas cerca de 10% destes doentes necessitam ainda da administração diária de insulina para sua sobrevivência.

Porém, tão importante quanto prevenir o diabetes é tomar os cuidados devidos para o seu controle. E dentre esses cuidados, a administração da insulina tem papel relevante e é um fator de suma importância para se evitar riscos relacionados à hipoglicemia e hiperglicemia.

Como a proposta do Portal da Enfermagem é sempre levar aos internautas assuntos pertinentes à sua prática profissional, e tendo em vista a relevância do tema, o portal convidou a enfermeira Zainet Nogimi para prestar orientações sobre cálculo de dosagem de insulina. Diante de sua experiência na área, ela está preparando um livro cuja abordagem é o cálculo e a administração de medicamentos pela equipe de enfermagem, com um capítulo dedicado ao cálculo de insulina.

Descoberta no inicio do século XX, nos Estados Unidos, a insulina foi um marco na história da saúde, sendo uma alternativa eficaz para uma doença que, à época, praticamente não existia tratamento. A insulina só pode ser administrada por injeção, porque ela é destruída no estômago se administrada oralmente.
Sua aplicação é

Cálculo de insulina
REGULAR (simples ou composta) ação rápida ou média - aspecto límpida
NPH - ação lenta - aspecto leitoso
Insulina glargina (Lantus) – ação continua (uma única dose a cada 24 h) – aspecto incolor
A insulina é sempre medida em unidades internacionais (UI) ou (U).
Atualmente, existem no mercado frascos de insulina graduada em 100 UI/ml e seringas de insulinas graduadas também em 100 UI/ml.

Exemplo 1
Prescrição Médica 20 UI de insulina NPH rotulado 100 UI/ml e seringa de insulina graduada 100 UI/ml.
Devo aspirar na seringa de insulina até a demarcação de 20 UI.
Neste caso é bastante tranquilo, pois tanto o frasco como a seringa tem a mesma relação unidades/ml; isto significa que o frasco tem a apresentação 100 UI/ml e a seringa também tem esta apresentação.
Quando tivermos frascos com a apresentação diferente da graduação da seringa ou ainda quando não existir seringa de insulina na unidade, utilizaremos uma “formula”. Será necessário o uso de seringas hipodérmicas de 3 ou 5 ml.

Exemplo 2
Utilizando o mesmo exemplo de uma prescrição de 20 UI de insulina NPH, tendo o frasco de 100 UI/ml, porém na unidade só temos seringas de 3 ml




Devo aspirar 0,2 ml na seringa utilizada (3 ou 5 ml).

Se não houver nenhum tipo de seringa de insulina na unidade e sendo necessário o uso de seringa hipodérmica (3ml-5ml) neste caso, o volume aspirado terá por base sempre 1ml da seringa não importando o tamanho da seringa. Caso a Prescrição Médica seja em valores mínimos, não sendo possível aspirá-lo, o médico deverá ser comunicado, pois não está indicada a diluição da insulina devido à perda da estabilidade.

Se você tiver alguma dúvida, deixe seu comentário postado abaixo.