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Mulheres têm menos chance de receber massagem cardíaca de estranhos, sugere estudo

14/11/2017

Mulheres têm menos chance de receber massagens cardíacas de emergência de estranhos e maior probabilidade de morrer por isso, sugere um novo estudo nos EUA, e os pesquisadores acreditam que a relutância em tocar no peito de uma mulher possa ser uma razão.

 

Apenas 39% das mulheres sofrendo paradas cardíacas em público receberam massagens, contra 45% dos homens, e os homens tiveram 235 mais chances de sobreviver, descobriu o estudo. Ele envolveu quase 20 mil casos em todo o país e foi o primeiro a examinar diferenças de gênero ao receber auxílio cardíaco do público versus atendimento de socorristas profissionais. “Pode ser meio assustador pensar em pressionar com força e velocidade no centro do peito de uma mulher” e algumas pessoas podem temer machucá-la, disse Audrey Blewer, uma pesquisadora da Universidade da Pensilvânia que conduziu o estudo.

 

Socorristas também podem se preocupar em mexer nas roupas de uma mulher para garantir melhor acesso ou tocar em seus seios para realizar a massagem, mas realizar a manobra corretamente “não envolve nada disso”, disse outro pesquisador, Benjamin Abella. “Você coloca suas mãos no esterno, que fica no centro do peito. Na teoria, você está tocando o espaço entre os seios”. O estudo foi discutido no domingo (12) em uma conferência da Associação Cardíaca Americana em Anaheim.

 

Parada cardíaca ocorre quando o coração para subitamente de bombear, geralmente por causa de um problema no ritmo de seus batimentos. Mais de 350 mil americanos sofrem uma por ano em ambientes que não são um hospital. Cerca de 90% deles morrem, mas a massagem cardíaca pode dobrar ou triplicar as chances de sobrevivência. “Essa não é a hora de ser exageradamente sensível porque é uma situação de vida e morte”, disse Abella.

 

Pesquisadores não tinham informações porque os socorristas tinham menos propensão a ajudar mulheres. Mas nenhuma diferença de gênero foi vista nas taxas de massagens em pessoas que sofreram paradas em casa, onde o socorro é mais provavelmente providenciado por alguém que conhece a pessoa que precisa de ajuda.

 

A descoberta sugere que o treinamento em massagem cardíaca precisa ser aprimorado. Mesmo isso pode ser sutilmente tendencioso para homens – os manequins usados na prática são geralmente de corpos masculinos, disse Blewer. “Todos nós teremos que prestar mais atenção nessa questão de gênero”, disse o Dr. Roger White, da Mayo Clinic, que co-dirige o programa paramédico da cidade de Rochester, Minnesota. Ele disse que há tempos tem a preocupação de que seios grandes possam impedir a colocação apropriada das peças de desfibrilador quando mulheres precisam de um choque para restaurar os batimentos normais do coração. A Associação Cardíaca e o Instituto Nacional de Saúde financiaram o estudo.



Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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