São Paulo, 28 de março de 2024
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Dicas do Especialista

Diagrama de Ishikawa ou causa e efeito, também conhecido como espinha de peixe, foi criado no Japão na década de 1950, por Kaoru Ishikawa.
É um diagrama que mostra a relação entre uma característica de qualidade (efeito) e os fatores que a influenciam, ou seja, as causas.
Serve para identificar, explorar, ressaltar e mapear fatores que julgamos afetar um problema.
Para Sérgio Luz, fonte desta dica do especialista, o diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais utilizadas no cotidiano, pois é de simples aplicação e eficaz.
Luz sugere que junto com o Diagrama seja utilizado tambémn a matriz GUT já divulgada pelo Portal.
Um diagrama de Causa e Efeito compõe-se de linhas e símbolos projetados para representar a relação entre “efeito” e todas as “causas” possíveis que exercem influência sobre ele.
O efeito ou problema é apresentado no lado direito do diagrama, e as influências mais fortes das “causas” são colocadas à esquerda. Para todo “efeito”, ou problema, é provável que haja muitas causas importantes. As causas mais comuns podem ser resumidas nas categorias que chamamos de “6 M”:

 

 Mão de Obra, Material de Uso, Máquina, Métodos, Meio Ambiente e Medição

 

Mão de obra (Material Humano) - Atitude, capacidade, treinamento, experiência, comportamento, comunicação, habilidade, visão, força, ambiente, fadiga, influência de pessoas;

Material de Uso – Também chamado de matéria prima, são os produtos e serviços ainda “crus”, que as pessoas devem receber e processar para cumprir suas tarefas - Qualidade, quantidade, disponibilidade, fornecedor, manejo, inventário, tamanho, peso, dimensão, cor, tempo de validade, sortimento e limpeza;

Máquina - Instalação (construção) e recursos capitais (instrumentos), que são exigidos para execução do trabalho - capacidade do processo de qualidade, falha, manutenção, quantidade, cuidados com provisão, planejamento, automação, lubrificação, teste, manejo;

Métodos - Processos, regras, políticas, funções, conjunto de expectativas definidas ou implícitas referentes a: “como” as coisas devem ser feitas: define como os outros três “M” devem ser “misturados” no processo de trabalho, preparação, espera, seqüência de atividades, tempo desperdiçado, relações homem-máquina, transporte, ambiente;

Meio Ambiente – Local onde a máquina está instalada - deve ser analisado o suprimento de energia, grau de luminosidade e condições de higiene do local, ou seja, está instalada em um local úmido  e sujo;

Medição – Qual a produtividade medida dessa máquina, quantas cópias/dias ela é capaz de reproduzir, as cópias são nítidas ou de má qualidade, ou seja, refere-se ao indicador de qualidade e produtividade.

Estas categorias são apenas sugestões, de acordo com as SUAS necessidades as categorias poderão ser adaptadas.

Como construir um diagrama

>>> Coloque o efeito ou problema no lado direito do diagrama, ou seja, na “cabeça do peixe”;
>>> Agrupe as causas de forma lógica à esquerda, “na espinha”;
>>> Decida quais são as causas por meio de uma sessão de brainstorming;

Case 1

Partindo de um exemplo sobre a má qualidade das fotocópias, foram agrupadas as possíveis causas em seis categorias. Após considerar todas as causas, espera-se que tenha encontrado a principal causa geradora do problema ou efeito. O passo seguinte é decidir como tratar essa causa. Se for necessário, para entender melhor essa causa, poderá fazer outros diagramas de causa e efeito para cada uma das causas encontradas. Neste caso, seriam encontradas as causas das causas, ou seja, a causa raiz.
 
 Má qualidade da fotocópia

 

 

 

Case 2

Utilizando um exemplo da nossa área, agrupando as possíveis causas em quatro categorias: 


Dicas importantes...

Para um melhor resultado, todos os envolvidos devem participar da elaboração, visando garantir que todas as causas sejam consideradas, portanto é necessário:

- Nomear um coordenador de grupo;
- Evitar críticas relacionadas às possíveis causas;
- Estimular o intercâmbio de ideias;
- Garantir a visibilidade – use quadros e figuras grandes;
- Não sobrecarregar o diagrama. Quando necessário, faça mais um;
- Construir um diagrama para cada problema específico, jamais dois problemas num mesmo diagrama;


Sugestão para leitura:

CAMPOS, Vicente Falconi, Gerenciamento da rotina do dia a dia – Belo Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 8ª edição, 2004.

CALEGARE, Álvaro J de Almeida, Os Mandamentos da Qualidade Total – São Paulo: Inter-Qual International Quality Systems Ltda, 3ª edição, 1999.

DANTAS, Sérgio Baptista; ISENSEE, Paulo Roberto; XAVIER, Luiz Fernando da Silva. Logística de Materiais Rio de Janeiro: 2002. 

MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick, Qualidade: Enfoques e Ferramentas – São Paulo: Editora Artliber, 2001.

Revista Banas Qualidade – Artigo - As ferramentas da Qualidade – São Paulo: Editora Epse - Tecnologia e Interface gráfica, edição 142/13.

MELLO, Joamel Bruno, et al – Qualidade na Saúde – Práticas e Conceitos – Normas ISSO nas Áreas Médico-Hospitalar e Laboratorial – São Paulo: Editora Best Seller, 1998.

MEZOMO, João Catarin, Gestão da Qualidade na Saúde – São Paulo: Editora Manole, 2001.

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Luz S. Diagrama de Ishikawa [internet] 2011 [citado 2011 Abril 15]. Disponível em http://www.portaldaenfermagem.com.br

 




Fonte: Portal da Enfermagem


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