A atividade do cuidar, além de complexa , exige confiabilidade à assistência prestada por meio de procedimentos seguros. A construção de protocolos é imprescindível para a execução das ações nas quais a enfermagem está envolvida.
Por ‘protocolo’ define-se o conjunto de dados que permitem direcionar o trabalho e registrar oficialmente os cuidados executados na resolução ou prevenção de um problema. Em outras palavras, protocolo é uma proposta de padronização de procedimentos feitos pela equipe de enfermagem.
Diante desta fundamental ferramenta na rotina de auxiliares e técnicos e enfermeiros, o Portal buscou junto à enfermeira Rosângela Jerônimo dicas para a elaboração de protocolos. O modelo abaixo pode ser aplicado a qualquer área de atuação da enfermagem na saúde.
Jerônimo explica que ao elaborar um protocolo o profissional responsável deverá estar atento para algumas questões, a saber:
- Iniciar com um cabeçalho padronizado para todos os documentos da instituição. Ex.:
Logo da Instituição |
Nome do Protocolo |
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Protocolo |
Versão |
Elaborado em: Janeiro 2005 |
Última Revisão: |
Página: |
- A numeração do protocolo deverá ser mantida sempre, independente das atualizações.
- As atualizações devem ser realizadas sempre que houver alterações. Uma revisão deve ser realizada periodicamente, independente de alterações. Minha sugestão é uma revisão no mínimo a cada 2 anos.
- A data inicial da elaboração do documento não deverá ser alterada, independente das novas versões.
- Ao realizar uma nova versão o editor responsável deverá substituir todas as cópias existentes desse documento, pela versão atualizada.
- Todo documento deverá constar os dados do editor (pessoa que elaborou o documento), do revisor (pessoa ou pessoas que analisarão o conteúdo) e do aprovador (normalmente chefe ou responsável técnico). Esses dados poderão constar no início ou final do documento. Lembre-se que o editor não deverá ser o revisor, que também não é o aprovador.
Ex.:
Elaborado por: |
Revisado por: |
Aprovado por: |
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Veja abaixo um modelo de protocolo:
Logo da Instituição |
Ressucitação Cárdio Pulmonar |
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Protocolo |
Versão |
Elaborado em: Janeiro 2005 |
Última Revisão Julho 2010 |
Página: |
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Objetivo: Definições: Atividades:
2. ACIONAR AJUDA: pode ser por acionamento de campanhia, telefone ou verbal. Um membro da equipe de enfermagem deverá encaminhar o carrinho de emergência para o local do atendimento e acionar o médico.
3. POSICIONAMENTO DO PACIENTE: colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal e em superfície rígida para que não haja dispersão de energia utilizada durante as manobras de compressão torácica.
4. POSICIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS: 4.1 o médico deverá posicionar-se na cabeceira do leito permitindo acesso as vias aéreas; 5. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS: utilizar as manobras de elevação do queixo. 6. VERIFICAÇÃO DA VENTILAÇÃO: ver, ouvir e sentir, abaixando o rosto próximo ao rosto do paciente e tentando ver os movimentos respiratórios, ouvir ruídos ou sentir entrada ou saída de ar. 7. VENTILAÇÕES: realizar duas ventilações para verificar se há obstrução de vias aéreas. 8. VERIFICAÇÃO DE PULSO: pulso em grandes artérias (femoral ou carótida). 9. INICIAR AS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: 30 compressões para cada 2 ventilações. A cada 5 ciclos, verificar pulso e trocar o profissional que realiza as compressões torácicas. 10. VIA AÉREA DEFINITIVA: o médico deverá realizar o procedimento de intubação orotraqueal. 11. MONITORIZAÇÃO: instalar o aparelho de desfibrilação / cardioversão para acompanhar o traçada eletrocardiográfico do paciente. 12. ACESSO VENOSO: o acesso poderá ser central ou periférico. Nos casos de acesso periférico instalar o dispositivo em veia de grande calibre. 13. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: seguir prescrição / solicitação médica. 14. DESFIBRILAÇÃO: seguir solicitação médica. Notas importantes:
- a constatação do óbito é de competência única e exclusiva do profissional médico, exceto nos casos acima citados; - devem ser minimizadas as interrupções das compressões torácicas o máximo possível. A interrupção deverá ocorrer somente para punção venosa, intubação, verificação de pulso; - o número excessivo de profissionais pode prejudicar o atendimento ao paciente; - as ventilações utilizando bolsa-valva-máscara devem sempre estar enriquecidas com suporte de oxigênio; - o sistema de aspiração deve estar montado e pronto para ser utilizado. Durante o procedimento de aspiração as compressões torácicas não devem ser interrompidas.
Referências bibliográficas:
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Elaborado por: |
Revisado por: |
Aprovado por: |
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Encaminhe a sua sugestão, com certeza você irá colaborar com os colegas na construção de uma enfermagem cada vez melhor.
Fonte: Portal
Comentários Clique aqui para enviar seu comentário.
13/07/2010 - eli sa rosa da silva | Marilia-SP |
Parabenizo a iniciativa desse protocolo,desta forma acredito que a equipe consegue priorizar esse atendimento,evitando transtorno,trazendo segurança e fortalecimento no dia a dia. |
09/07/2010 - Luzia Santana Silva | Brasilia-DF |
Parabenizo a vocês por disponibilizar este canal de comunicação aos profissionais de enfermagem. Fortalecer, assegurar e trocar experiências, com outros colegas é importante. |
08/07/2010 - Sandra tsukada | Sao Paulo-SP |
Na instituição que trabalho temos todos os protocolos são descritos desta forma. No início o processo era manual, o que tornava muito díficil o controle ,principalmente nas atualizações da versões dos protocolos distribuídos nas unidades. Hoje utilizamos um sotware da empresa ACTTIVE que permite que façamos estas atualizações eletronicamente o que facilitou em todos os aspectos, principalmente não tendo nas undiades versões desatualizadas |
07/07/2010 - Cristina Ramos Rodrigues | Sao Paulo-SP |
Parabenizo a iniciativa de fornecer dicas aos colegas para melhorar, aprimorar, implantar padronizações, que só auxiliam e asseguram a segurança profissional e do cliente. |
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