O trem expresso da competência: quando a liderança de enfermagem faz a diferença
Prof. Fabrizio Rosso - Administrador Hospitalar
O mundo dos negócios na área da saúde vem mudando em uma velocidade fora do comum. Com o advento dos selos de qualidade (de Acreditação ONA à JCI), os enfermeiros dos hospitais e instituições de saúde vêm sendo empurrados ladeira abaixo. Uns estão correndo, outros estão rolando. Mas todos, sem exceção, estão tendo que buscar um novo modelo de liderança e gestão de pessoas.
Num ano de crise, como 2015, é interessante vermos que no primeiro semestre a procura pelo curso de “Gerenciamento e Liderança para Enfermeiros” simplesmente dobrou. Tanto que no segundo semestre a FATOR RH teve que abrir uma turma extra por conta da “fila de espera” de profissionais enfermeiros que não conseguiram vaga na primeira turma. O aumento da procura se explica: “Quando estamos em crise, tem os que se preparam e os que padecem” Parar de investir (injetar gasolina) quando o avião está caindo é o erro mais letal!
Por isso, é fundamental que o enfermeiro se diferencie, se torne um líder ainda mais competente e o modelo mais inteligente, comprovadamente, se chama “Gestão do Desempenho” – a busca pela tão sonhada alta perfomance. Para isso, precisamos ter claro que competência hoje em dia é como um Trem Expresso.
Então, ou você está dentro dele ou, inevitavelmente, seu destino será debaixo dele. E acredite, a 2ª opção não é uma questão de escolha, não pelo menos num cargo de liderança. Portanto, é fundamental entender alguns princípios científicos e práticos de como entrar neste trem e mais, de como colocar nele a sua equipe de trabalho. Há 3 regras de ouro para se ter o direito de subir no trem expresso das competências e alavancar “alta performance” da equipe:
PRINCÍPIO Nº 01 – A MONTANHA
Se você está na posição de enfermeiro querendo ou não você tem que exercer liderança. (Quem conduz os técnicos?) E você precisa saber qual o melhor caminho a seguir, afinal, lembre-se de que se você não sabe onde está a montanha, quem é que, então, sabe? Ou você ainda acredita que pode convencer as pessoas a se esforçarem além do normal para subir um Everest, se elas não têm nem claro o porquê de tudo isso?
A montanha, na realidade, é o destino da equipe e para onde todas as competências e esforços deverão convergir. Traduzindo em um exemplo simples, a sua montanha pode ser aumentar a satisfação dos seus pacientes ou diminuir o número de retornos no PS em menos de 48h.
PRINCÍPIO Nº 02 – A ESCALADA
Você vai à frente, no meio ou atrás?
Quando pergunto isso para os díderes em seminários nos hospitais, ouço a mais variada gama de respostas (inclusive aquelas que não dei como opção). Contudo, notoriamente ainda cerca de 50% dos gestores ao me responderem afirmam que vão na frente – custe o que custar. Ledo engano.
A posição do líder inteligente é estar exatamente aonde a equipe mais se beneficiar de sua presença. Muitas vezes, à frente (para abrir caminho) outras vezes no meio (para deixar quem tem maior capacidade conduzir) e outras tantas vezes no final (para enxergar a evolução de sua própria equipe).
Além disso, toda a equipe precisa saber precisamente qual é a meta: “Afinal, quantos metros tem esta 'bendita' escalada?” Retomando o exemplo anterior – “Quanto de satisfação queremos alcançar a mais? 10, 15 ou 20%?”
PRINCÍPIO Nº 03 – A BANDEIRA
Todo alpinista tem sua bandeira. Todo líder na enfermagem também deveria ter a sua. E fincá-la simbolicamente no topo da montanha é um prazer que de tão grande poucos conseguem sequer narrar.
Mas, quantas bandeiras de competências você pretende levar com sua equipe? Apenas uma? Então, me desculpe dizer: você está perdido! Para que as competências da sua equipe se desenvolvam tem que haver estímulo e minha sugestão sempre é colocar na mochila uma dúzia de bandeiras para dois momentos em particular:
a) Comemorar os pequenos acertos (O moral da tropa é resultado de cada batalha vencida e comemorada... Não se vence uma guerra com uma tropa sem coesão e estímulo).
b) Comemorar (reflexão) os ensinamentos principalmente quando o erro nos mostraram que é melhor rever nossos processos. Transformar o erro em aprendizado coletivo sem expiação de culpados é vital para chegarmos juntos até o final.
Você não precisa começar pelo monte Everest (8.844 m) para entrar no trem expresso das competências, você pode começar até com o Pico do Jaraguá (1.135m) em SP, mas, deixe o plano do “choro” e parta para o plano da “ação”. Isto equivale a dizer em alto e bom som: “Descruze os braços da reclamção e comece!”
Busque treinamento, capacitação em programas sérios. Veja no site da FATOR RH, por exemplo, as ultimas vagas para o último curso de Gerenciamento e Liderança para Enfermeiros (Turma nº 75):
www.fatorrh.com.br/cursoliderancaparaenfermeiros
Pois, quando o líder enfermeiro faz a diferença, todos sobem no trem das competências!
Prof. Fabrizio Rosso - Administrador Hospitalar
Mestre em Recursos Humanos pelo Mackenzie-SP
Autor do Livro: “Gestão ou Indigestão de Pessoas?” Ed.Loyola
Sócio e Diretor Executivo da FATOR RH
E-mail de contato: [email protected]
(11) 3864-8161 ou (11) 3864-1200