São Paulo, 24 de abril de 2024
Home / Notícias / Mortes por AVC contabilizam mais de 100 mil casos por ano no Brasil

Notícias

Mortes por AVC contabilizam mais de 100 mil casos por ano no Brasil

As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 300 mil óbitos por ano no Brasil - esse número representa uma morte a cada dois minutos. Dentre as mais frequentes estão o infarto e o AVC, que contabiliza mais de 100 mil mortes anualmente, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde.

 

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame, pode se caracterizar pelo surgimento de um quadro neurológico súbito causado por um entupimento ou pela interrupção do fluxo do sangue nas artérias do sistema nervoso central, podendo ser provocada pela formação de um coágulo.

 

Esse, o mais comum, é chamado de isquêmico e representa 85% dos casos. Outro tipo, menos frequente, é o hemorrágico, que acontece devido ao rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. A falta ou restrição de sangue pode provocar lesão ou morte celular, assim como danos nas funções neurológicas.

 

O supervisor do setor de cardiologia clínica do Hospital do Coração (HCor),  Dr. Ricardo Pavanello afirma que a doença é a principal causa de incapacidade no mundo e que a incidência do AVC é maior que a do infarto em populações menos favorecidas. “Praticar atividades físicas regularmente, optar por uma alimentação balanceada, controlar o peso, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcóolicas ajuda a se manter saudável e longe do AVC”, alerta o especialista.

 

No Dia Mundial de Combate ao AVC, 29 de outubro, acontecerá uma ação de mobilização com a entrega de informativos esclarecendo sobre a doença e também serão coletadas assinaturas via tablets para a Campanha Mundial “SIGN AGAINST STROKE” (Assine contra o AVC – em português) no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, e na estação Barra Funda do metrô na zona oeste de São Paulo.

 

Nesta campanha, o Brasil já ocupa o sexto lugar no mundo em volume de adesões. O intuito principal das assinaturas é conquistar o apoio da população para a Carta Global do Paciente com Fibrilação Atrial desenvolvida por um Comitê Diretivo. A carta tem como finalidade solicitar às autoridades de saúde a implementação de suas recomendações para prevenir derrames relacionados à fibrilação atrial.

 

Sinais, causas e tratamento - Em função do alto número de registros de mortes por AVC no país, em 2012 o governo federal lançou um programa de combate à doença com foco na prevenção. “A Linha de Cuidado do AVC” foi elaborada na Rede de Atenção às Urgências, que visa investimentos na rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.

 

O AVC pode apresentar alguns sinais de alerta, como fraqueza ou formigamento de um lado do corpo, na face, braço ou perna, confusão ou variação na fala ou compreensão, alteração de equilíbrio e coordenação e dor de cabeça súbita, sem causa aparente.

 

Para saber se uma pessoa está sofrendo um AVC, a World Stroke Organization (WSO), Organização Mundial de Derrame, recomenda uma avaliação que consiste em três passos simples e rápidos: basta pedir para a pessoa sorrir e observar se o sorriso está torto, depois verificar se consegue levantar os dois braços, e, finalmente, pedir para repetir uma frase e identificar se há alguma diferença na fala, se está enrolada ou arrastada. Caso alguns desses sinais sejam notados, a orientação é que se deve procurar um médico imediatamente.

 

Além de hábitos como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas e sedentarismo, as principais causas para o desenvolvimento de um AVC são a hipertensão arterial e a fibrilação atrial (mais conhecida como arritmia e caracterizada pelo o batimento cardíaco descompassado). Para tratar a arritmia, uma das recomendações médicas é a cardioversão (por meio de remédios ou choque) e, para a prevenção da formação de coágulos, uma das terapias que pode auxiliar o paciente é o uso do anticoagulante rivaroxabana.

 

Por isso o uso de novos anticoagulantes é mais eficiente, diminuindo os riscos de hemorragia. Sem essa anticoagulação adequada, pacientes com esse quadro correm o risco de complicações tromboembólicas, por exemplo, um AVC.

 

Um estudo publicado pelo European Heart Journal comprova que o uso da rivaroxabana (Xarelto®, da Bayer) é o método de anticoagulação mais seguro nesses cenários. “90% dos casos podem ser evitados. Na medida em que temos uma medicação segura, diminui-se a possibilidade de o paciente vir a ter um AVC”, reforça Pavanello.

 

Existem também alguns centros de tratamento que oferecem serviços gratuitos:

 

Rio de Janeiro - Hospital SARAH Rio http://www.sarah.br/

 

Pernambuco - Laboratório de Neurociência aplicada da UFPE http://www.ufpe.br/ufpenova/

 

Minas Gerais - Complexo Esportivo da PUC Minas http://www.pucminas.br/esportes/complexo/

 

São Paulo - Universidade Cruzeiro do Sul – ICAFE – Campus Liberdade http://www.cruzeirodosul.edu.br/

 

Sobre a Carta Global do Paciente com FA e a campanha Sign Against Stroke (Assine contra o AVC) - A Carta Global do Paciente com Fibrilação Atrial foi desenvolvida por um Comitê Diretivo composto por representantes de 90 organizações de pacientes de 20 países, que solicita às autoridades de saúde a implementação de suas recomendações para prevenir o AVC relacionado à Fibrilação Atrial. 

 

A campanha Sign Against Stroke (Assine contra o AVC), apoiada pela Bayer SA, pede para indivíduos ao redor do mundo participarem de um abaixo-assinado em apoio à Carta. O documento e a lista completa das organizações colaboradoras estão disponíveis no site  https://www.signagainststroke.com/pt-br. 

 

Além de ler e assinar o documento (disponível em 22 idiomas), as pessoas poderão aprender sobre a Fibrilação Atrial e o AVC e ouvir o que as autoridades de saúde têm a dizer sobre o assunto. Todas as assinaturas contribuem para o direcionamento da ação para prevenir o AVC relacionado à Fibrilação Atrial e melhorarem os resultados futuros e a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com a doença.

 

Sobre a rivaroxabana - A rivaroxabana é um anticoagulante oral que foi desenvolvido nos laboratórios da Bayer HealthCare, em Wuppertal – Alemanha. Comercializado sob a marca Xarelto®, tem rápido início de ação com um efeito dose-resposta previsível e alta biodisponibilidade, não exige o monitoramento da coagulação e também possui um baixo potencial de interação com alimentos e outros medicamentos.

 

Xarelto® já é comercializado para tratamento de pacientes com trombose venosa profunda (TVP) e para prevenção de TVP e EP recorrentes; prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial não valvar; prevenção de TEV em artroplastia total de quadril (ATQ) e artroplastia total de joelho (ATJ) eletivas e é o único anticoagulante oral em que demonstrou eficácia superior em relação à enoxaparina para esta indicação. Até o momento, a rivaroxabana foi lançada com sucesso em mais de 120 países pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals para esta indicação.