São Paulo, 24 de abril de 2024
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OMS ajudará a reforçar medidas de prevenção ao ebola em 15 países

Quinze países africanos próximos da área mais afetada pelo ebola vão receber ajuda para evitar a propagação da epidemia, anunciou nesta quinta-feira (16) a OMS, que não recomendou os controles nos aeroportos. Estes países identificados como prioritários pela Organização Mundial de Saúde, incluem os quatro países que fazem fronteira com a zona afetada na África Ocidental: Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali e Senegal.

 

Onze outros países desta lista são: Benin, Burkina Faso, Camarões, Gâmbia, Gana, Mauritânia, Nigéria, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Togo. Todos foram selecionados com base nas rotas comerciais e o estado de seu sistema de saúde, indicou durante uma coletiva de imprensa em Genebra Isabelle Nuttall, diretora do departamento de alerta e ação da OMS.

 

A OMS informou que não recomendava os controles implementados nos aeroportos na chegada de passageiros para detectar quaisquer pessoas infectadas na África pelo vírus Ebola. "Também não desaprovamos a prática", declarou Nuttall.

 

"Isso pode dar uma falsa sensação de segurança. Aferir a temperatura dos passageiros só indicará aqueles que já apresentam sintomas. Estes sintomas podem ser detectados após passar pela alfândega e entrar no país", explicou a diretora. O controle de temperatura dos passageiros pelas autoridades está sendo realizado nos três países mais afetados pela epidemia, Guiné, Libéria e Serra Leoa, um medida estrita recomendada pela OMS.

 

"Não podemos estigmatizar as pessoas, não há razão para condenar ao ostracismo aqueles proveniente de países afetados e os trabalhadores humanitários", ressaltou Isabelle Nuttall. De acordo com o último relatório da OMS, a febre hemorrágica já matou 4.493 pessoas em 8.997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, os mais afetados, assim como Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos). A OMS teme um aumento no número de infecções, que podem subir a 10 mil novos casos por semana até o final do ano na África Ocidental.