São Paulo, 20 de abril de 2024
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Estomaterapia | Sílvia Angélica Jorge

Diretora do Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas/UNICAMP, Conselheira Científica e vice-presidente da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. Enfermeira Estomaterapeuta TiSOBEST, Graduada e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas, é Mestre em Enfermagem Fundamental, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – SP, com Especialização em Estomaterapia na Faculdade de Ciências Médicas/ UNICAMP, Especialização em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo, Especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade São Camilo e Especialização em Desenvolvimento Gerencial pela Universidade Estadual de Campinas. - Email: [email protected]

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Avaliação da Implantação do Núcleo de Estomaterapia num Hospital Universitário

Após 3 anos da criação do Núcleo de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC/UNICAMP), observamos o quanto esse serviço cresceu, garantiu o espaço, o respeito e o reconhecimento profissional do especialista dentro da instituição. O Núcleo foi criado através da Portaria Interna SHC 022/2015, que alterou a denominação da Equipe Multiprofissional de Prevenção e Tratamento de Feridas e Estomas (EMPTFE), sob a coordenação de Enfermeiros Estomaterapeutas Vanessa Abreu e Ivan Antunes.

O Núcleo tem como objetivos qualificar os recursos humanos da instituição; melhorar a qualidade da assistência dos pacientes com feridas, estomias e incontinências; minimizar as complicações, o tempo de internação e reduzir os custos do tratamento.

Muitos trabalhos vêm sendo realizados e, através dos indicadores da assistência, podemos avaliar os benefícios para os pacientes a partir da consolidação de um Serviço estruturado e organizado com foco na qualidade, buscando cada vez mais o aprimoramento da equipe de enfermeiros do HC.

As principais atividades que foram desenvolvidas nesse período:
  • Programa de alta hospitalar aos pacientes com estomias;
  • Implantação do Protocolo de demarcação de estomias;
  • Implementação do Ambulatório de retorno do paciente com estomia;
  • Cadastro dos polos para a atenção à pessoa com estomia;
  • Protocolo de alta hospitalar do paciente com ferida e reunião com os municípios para pactuar a contrarreferrência;
  • Elaboração do fluxograma para acompanhamento e retorno no Ambulatório de cateterismo intermitente limpo;
  • Sistema online para notificação dos pacientes com feridas complexas e lesão por pressão;
  • Elaboração e revisão de Protocolos e do Manual do Núcleo de Estomaterapia;
  • Gerenciamento dos recursos materiais;
  • Participação na elaboração de Parecer Técnico Científico;
  • Acompanhamento do estágio de Residentes de geriatria, da Especialização de Estomaterapia e Aprimorandas da oncologia;
  • Coordenação do time de “Prevenção de lesão por pressão”, do Núcleo de Segurança do Paciente do HC: avaliação dos indicadores de lesão por pressão e das
  • notificações de eventos adversos;
  • organização do “Dia Internacional de Prevenção de Lesão por Pressão”; auditoria do processo de enfermagem referente a prevenção
  • de lesão por pressão na UTI-Adulto, Emergência Clínica, Cirurgia do Trauma e Enfermaria Geral de Adultos;
  • Cursos e Treinamentos realizados em parceria com a Educação Continuada de Enfermagem e a Escola de Educação Corporativa da UNICAMP (Educorp).
Os resultados de 2017 apontam que foram realizados:
  • 2.201 atendimentos aos pacientes com estomas e feridas de múltiplas etiologias: Interconsulta (19%), busca ativa (3%), reavaliação (72%), demarcação de estoma
  • (4%), orientações para alta hospitalar (2%);
  • 106 orientações de autocuidado aos pacientes com estomia;
  • 81% dos pacientes com pele periestoma íntegra na alta hospitalar;
  • 492 notificações de lesão por pressão desenvolvidas no HC;
  • 51% dos casos de lesão por pressão ocorrem na UTI.
Esperamos que esse Núcleo amplie suas atividades dentro dos três eixos da Estomaterapia, estomias, feridas e incontinências; reforçando a participação na assessoria de decisões com o nível estratégico para aquisição de tecnologias, e capacitação e acompanhamento dos profissionais do nível operacional.

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